O que dirias a alguém se soubesses que seriam as tuas últimas palavras? Se sentisses o mundo a correr como um louco a caminho do único lugar onde não pudesse ir? Como raio é que nos despedimos de alguém que amamos? Gustavo não se queria despedir. Já se tinha despedido dos seus pais aos 17 anos e agora aproximava-se a vez de se despedir do seu melhor amigo, o irmão que ficara quando perdeu os seus pais num acidente de carro.
O que nos resta depois das despedidas? A saudade? E o que é a saudade?
É o nó que te aperta a garganta mesmo que estejas bem; é o calor no peito que te mantém acordado à noite quando tens sono; é uma linha tão ténue que te diz que és feliz por teres alguém a quem queres bem e que te afasta o sorriso porque esse alguém está longe! Parece má, mas não é. É boa! É a energia que move o mundo! Que te faz lutar pelos teus sonhos, que te dá a força e a garra para apertares os segundos do relógio até ao abraço de quem te faz feliz! Se doer é porque és feliz! Só quem é feliz sente saudade!
Não procuro a felicidade naquilo que quero. Encontro-a em tudo o que tenho.
Nasci, há 36 anos, no seio de uma família conservadora. Aprendi a esforçar-me pelo que sonho, na mesma medida em que acredito que ajudar os outros deve ser um alicerce do que somos feitos. Talvez por isso, desde cedo, sonhei ser médico. Acabei por trilhar esse caminho de uma forma mais intensa do que antevia. Enquanto tirava o curso de Medicina na Universidade Nova de Lisboa, formei-me também como militar, sendo, hoje, médico militar dos quadros permanentes do Exército, com o posto de capitão e especialista em Medicina Interna.
Decerto, fruto das experiências intensas e exigentes que estas duas vertentes traduzem, forcei-me a querer crescer rápido. Fui pai aos 25 anos e, com isso, nasceu também a vontade de transformar o mundo para que seja um lugar melhor quando eu partir.
Apaixonado pela escrita, pela leitura e pelo ensino, vi os primeiros ensaios daquilo que viria a ser uma paixão no livro “Poemas Soltos”. Decidi igualmente assumir, desde cedo, o compromisso de partilhar conhecimentos através de iniciativas gratuitas, tendo fundado a Associação para a Promoção da Literacia em Saúde (da qual sou presidente) e organizado o Congresso da Saúde, o primeiro evento nacional totalmente gratuito a juntar profissionais de saúde e a população geral para uma finalidade comum: ensinar saúde.
O interesse pela literacia financeira surgiu mais tarde, movido pela necessidade de projetar um futuro melhor, mais livre, não apenas para mim mas também para as próximas gerações. Mantendo a vontade ensinar de forma gratuita, criei a comunidade “MoneyFlix”, na qual partilho noções de investimento e finanças pessoais para que mais pessoas possam, como eu, ser livres.
Acredito no poder da palavra, escrita ou proferida. Acredito que é o instrumento que pode mudar o mundo, ou destruí-lo com a mesma velocidade. Acredito que conseguirei utilizá-la para o primeiro fim e que, no processo, vou conseguir fazer com que mais pessoas se apercebam disso e me acompanhem na construção de um futuro melhor.
Chamo-me Francisco de Carvalho Ferrão e sou muito mais do que estas linhas.
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