A vida de um homem cruzou-se com o percurso de um médico, os dois, por então, jovens.
O comportamento de ambos resultou num longo itinerário que integrou muitos bons momentos e alguns menos felizes.
O tempo nunca se mede da mesma maneira.
Mas a vida, como os rios, dispensa nomes porque, a cada dia, passa uma nova.
A paixão pelas coisas simples, pelo que há de humano ou pelo que sempre nos surpreende ou desperta de modo insólito, pode atingir o coração ou o espírito. Sucedem-se os dias e, quando paramos para meditar, ocorre o desejo de confessar o modo de lidar com as coisas, com as pessoas, com os medos, com as memórias. Pensamos, em todas as circunstâncias e momentos, a medida das coisas que, invariavelmente, se tornam a maior lição e mestra.
Das histórias que contamos, dos acontecimentos que nos cercam e atingem, dos sentimentos despertados há o confronto entre a realidade e a imaginação, um desafio provocador que ignora se haverá um amanhã.
Sei, por experiência própria, que a esperança é a consolação dos mais fracos. Como médico, a memória não apaga os anos passados nem os reflexos das vidas e mortes na existência percorrida.
Nenhum leitor que nos leia entrará no livro desprevenido.
Rui Cernadas nasceu em 1956 no Porto, onde vive. Licenciou-se em Medicina pela Universidade do Porto em 1979 e faz, da sua profissão, vida e, da escrita, como partilha, vocação. Integrou a direção e foi Presidente da Associação Contra a Tuberculose do Porto (1990-99). Publicou dezenas de artigos de opinião em jornais diários do Porto (Comércio do Porto e Jornal de Notícias) nas décadas de 80 e 90 e centenas de crónicas e artigos de opinião, ao longo de mais de 20 anos, em jornais e revistas médicas portuguesas.
Colaborou, como coautor, em cerca de 10 livros “O Lado Humano da Medicina – Contos Médicos”, sucessivamente publicados pela Editora “Padrões Culturais” (entre 2003 e 2010) Integrou a antologia “Contos de Médicos Portugueses”, publicado em 2007 pelo Centro Livreiro da Ordem dos Médicos.
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